É fim de tarde, o horário favorito de Caio em todo o dia. A luz prestes a descansar e a noite pronta para cair. Hoje é noite de lua cheia, mas Caio não vai notar, pouco importa a lua hoje.
Já faz quinze dias desde que ele disse adeus, e o vazio ainda continua aqui. Será que ele sempre vai ser assim? Esse tipo de pessoa que se apaixona e esquece ao mesmo tempo. Ele não quer ser assim, as fotografias na sua parede não mentem.
Ele pega o seu telefone e lê as notificações, algumas menções no twitter e muitas curtidas no aplicativo de leituras. Caio tem lido muitos livros nessa quarentena. Mais do que ele leria em qualquer outro espaço de tempo.
O garoto vai até sua janela, me contrariando, e olha para a janela. Ele nota a lua. Cheia e brilhante. Ele pensa em queijo, mas odeia queijo.
Agora ele odeia a lua também?
Não, ele não odeia. Ele sabe que precisa aprender a lidar com suas perdas. Pelo menos dessa vez ele foi forte o suficiente para dizer como se sentia: como uma música frágil e melódica. A diferença é que aquela música só durava dois minutos.
Seus dedos correm pelo teclado e eu tenho dificuldade para entender o que escreveu, hoje esse garoto tá uma confusão. Foi mais ou menos isso:
“Não aja como se eu fosse seu fantasma quando você sente tanto medo de si mesmo”
Confuso sabe?! Eu cansei.
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